Painel sobre Gestão de Riscos e Crises destaca estratégias para fortalecer empresas do setor de serviços

Em um mundo corporativo marcado por incertezas e mudanças rápidas, a prevenção e o preparo estratégico surgem como pilares essenciais para a sustentabilidade dos negócios. Esse foi o foco do Painel “Gestão de riscos e gestão de crise para empresas do segmento de serviços”, realizado durante a Conescap, com participação de Cássio Moro, Juiz do Trabalho do TRT/ES, e Ricardo Giovenardi, CEO da Global Intel, sob a mediação de Rinaldo Araújo Carneiro, Diretor Jurídico da Fenacon.

O debate trouxe uma análise profunda sobre como identificar vulnerabilidades, antecipar problemas e reagir de forma eficaz a situações críticas, que vão desde litígios trabalhistas até vazamentos de dados e crises de imagem. Os painelistas destacaram que uma gestão preventiva e integrada pode ser a diferença entre o colapso e a continuidade saudável de uma empresa.

O juiz Cássio Moro iniciou compartilhando uma situação simples, que pela sua experiência, poder gerar risco ao empregador. Ex-empregados procuram advogados por alguma mágoa pessoal do empregador. Para ele, um simples ‘bom dia’ pode fazer uma grande diferença.

“Você, como empregador, tem o dever de tratar bem o seu colaborador. A pessoa precisa se sentir acolhida na empresa”, destacou.

Já Ricardo Giovenardi que a crise não é o momento de improvisar, e sim de aplicar o que foi planejado com antecedência. Para ele, o empregador precisa estar apto a se adaptar e agir de forma rápida, principalmente em momentos de adversidades.

“Quanto mais tempo você demorar para dar resposta a uma crise, mais tempo ela vai perdurar. É preciso identificar rapidamente uma crise”, alertou.
Giovenardi destaca ainda que é preciso sair do processo inicial de negação e ter em mente que o que vai realmente fazer a diferença no momento de crise, é o quanto eu treinei para sair dele. Para ele, a prevenção é a melhor estratégia, mas fazer que a empresa aprenda algo com a crise após passar por ela.

Com a mediação de Rinaldo Araújo Carneiro, o painel estimulou uma reflexão sobre como o setor de serviços pode se tornar mais resiliente e preparado para o inesperado, adotando uma cultura organizacional voltada à prevenção, à continuidade e à resposta rápida a ameaças.

A troca de experiências entre os especialistas evidenciou que, mais do que reagir, as empresas precisam aprender a prever e se proteger, construindo estruturas sólidas para enfrentar qualquer desafio de forma inteligente e estratégica.